Shein expande parcerias com fornecedores no Brasil e mira crescimento no mercado local

Empresa de e-commerce investe R$ 750 milhões e planeja gerar 100 mil empregos diretos e indiretos no país

A gigante do comércio eletrônico, Shein, está consolidando sua presença no mercado brasileiro com uma estratégia ambiciosa que visa transformar o Brasil em um importante centro de produção global ao lado da China e Turquia. A empresa, que possui 336 fornecedores parceiros no Brasil, está empenhada em fechar acordos com um total de 2.000 fabricantes locais até 2026.

A Shein, fundada em 2012 pelo empresário chinês Chris Xu, comprometeu-se em maio a comercializar produtos fabricados no Brasil. Essa iniciativa foi uma resposta às críticas de concorrentes nacionais sobre a importação de produtos sem o pagamento do Imposto de Importação. Além disso, a empresa reagiu ao plano do governo, posteriormente abandonado, de taxar remessas internacionais de produtos abaixo de US$ 50 (R$ 252,86).

A expansão da Shein no Brasil representa um investimento significativo de R$ 750 milhões no país. Além disso, a empresa estabeleceu uma meta ambiciosa de criar 100 mil empregos diretos e indiretos no Brasil, contribuindo para o crescimento econômico local. A Shein espera que 85% de suas vendas no Brasil sejam relacionadas a produtos fabricados no país.

Com a incorporação desses fornecedores brasileiros, a Shein está consolidando sua posição como um dos principais polos de produção global em um mercado extremamente competitivo. A diretora de produção local da Shein, Fabiana Magalhães, enfatiza: “Temos um objetivo ousado, de tornar o Brasil um hub de exportações. O país tem um parque têxtil bom.”

A Shein, que atualmente atende a clientes em 150 países, estabeleceu parcerias com 336 fábricas localizadas em 12 estados brasileiros, incluindo Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte.

Além disso, a empresa está trazendo inovações em seu modelo de negócios, com lançamentos e testes de aceitação de cada peça baseados em inteligência artificial. Segundo Fabiana Magalhães, “Somos uma empresa de tecnologia. A gente testa, comprova e alavanca a produção. Começamos com quantidades pequenas, de 50 a 200 peças, e nos baseamos em dados para produzir mais peças de cada modelo. Muitos fornecedores querem aprender a atuar de forma inovadora, e fazer mais do mesmo não irá levá-los ao futuro.”

Uma característica fundamental da estratégia da Shein é a transparência. Todos os 336 fornecedores têm acesso a todos os dados da empresa, o que permite o acompanhamento das vendas de cada peça. Isso significa que, se um produto é lançado e vende duas unidades no primeiro dia e 50 unidades no terceiro, a fabricante pode planejar um aumento da produção e sugerir variações sobre o mesmo tema. Isso ajuda a otimizar a produção e atender às demandas do mercado com agilidade.

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