A primeira semana de setembro traz indicadores econômicos cruciais, incluindo o PIB do Brasil e dados do mercado de trabalho dos EUA. Acompanhe as expectativas e o impacto potencial sobre as políticas monetárias do Bacen e do Federal Reserve.
Entre os dias 1 e 7 de setembro, investidores e analistas estarão atentos a indicadores econômicos fundamentais que podem influenciar as políticas monetárias tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o segundo trimestre e os dados do mercado de trabalho dos EUA são esperados para fornecer pistas sobre os futuros movimentos das autoridades monetárias de ambos os países.
PIB do Brasil: Expectativas e Impactos
O PIB do Brasil para o segundo trimestre será divulgado na terça-feira, 3 de setembro. Os números esperados devem confirmar uma atividade econômica superior às projeções iniciais para 2024, quando se estimava uma expansão de menos de 2%. No último Boletim Focus, as previsões já indicam um crescimento de 2,43% no PIB, com tendência de alta.
Os dados mais recentes sugerem que o PIB do segundo trimestre não foi severamente impactado pelas chuvas devastadoras no Rio Grande do Sul no final de abril e início de maio. A ajuda financeira do governo federal parece ter mitigado as perdas econômicas iniciais. Caso o PIB mostre um desempenho robusto e acima das expectativas do mercado, é possível que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicie um ciclo de alta na taxa Selic na próxima reunião, elevando-a de 10,5% para 10,75%. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou que, se houver um ciclo de alta, ele será gradual e não de meio ponto percentual.
Cenário Econômico nos EUA: Decisões do Federal Reserve
Nos Estados Unidos, a semana também será marcada pela divulgação de dados essenciais do mercado de trabalho, que podem influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre cortes na taxa de juros. A inflação está em trajetória de queda, com o índice PCE reduzido de 2,6% para 2,5% em julho, aproximando-se da meta de 2% do Fed. No entanto, a taxa de desemprego aumentou de 3,7% em janeiro para 4,3% em julho.
O Fed está considerando se inicia a flexibilização monetária com um corte de 25 pontos-base ou meio ponto percentual. O cenário dependerá da análise dos dados do mercado de trabalho, que incluirão a geração de empregos e a taxa de desemprego, programados para serem divulgados na sexta-feira, 6 de setembro.
Principais Eventos Econômicos de 1 a 7 de Setembro
- Domingo (1 de setembro): Gastos de Capital do 2º trimestre do Japão; PMI Industrial do Japão e da China (Caixin) de agosto.
- Segunda-feira (2 de setembro): Feriado nos EUA; Boletim Focus; PMI Industrial de agosto da Zona do Euro, Reino Unido e Brasil.
- Terça-feira (3 de setembro): IPC-Fipe de agosto; PIB do 2º trimestre do Brasil; PMI Industrial e ISM Industrial de agosto dos EUA; PMI do Setor de Serviços de agosto do Japão e da China.
- Quarta-feira (4 de setembro): PMI do Setor de Serviços e Composto de agosto da Zona do Euro, Reino Unido e Brasil; IPP de julho da Zona do Euro; Produção Industrial de julho do Brasil; Balança Comercial de julho dos EUA; Oferta de Empregos JOLTS de julho nos EUA; Livro Bege do Fed; Massa Salarial Geral de Empregados de julho.
- Quinta-feira (5 de setembro): Vendas no Varejo de julho da Zona do Euro; Demissões Anunciadas Challenger dos EUA; Variação de Emprego ADP de agosto dos EUA; Pedidos por Seguro-Desemprego dos EUA; Custo Unitário da Mão de Obra e Produtividade do Setor Não-Agrícola do 2º trimestre dos EUA; PMI do Setor de Serviços e Composto de agosto dos EUA; PMI Não-Manufatura ISM de agosto dos EUA; Balança Comercial de agosto do Brasil; Gastos Domésticos de julho do Japão.
- Sexta-feira (6 de setembro): Mercado de trabalho do 2º trimestre da Zona do Euro; PIB do 2º trimestre da Zona do Euro; IGP-DI de agosto; Dados do mercado de trabalho de agosto dos EUA (salário médio por hora, geração de emprego e taxa de desemprego); Discursos de Williams e Waller.
- Sábado (7 de setembro): Balança Comercial de agosto da China.
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