Segundo dados do Sicredi, apenas em oito meses, o investimento em Recibo de Depósito Cooperativo já ultrapassou em 3,7% o valor de todo o ano de 2023
O investimento em Recibo de Depósito Cooperativo (RDC) em Sergipe alcançou, até agosto de 2024, a marca de R$ 456,1 milhões, aponta balanço do Sicredi. O valor supera em 3,7% o total investido em RDC durante todo o ano de 2023, quando o montante foi de R$ 439,6 milhões. O crescimento neste título de renda fixa em 2024 é mais um termômetro da ampliação das cooperativas de crédito no mercado financeiro do estado.
O RDC é um título emitido exclusivamente por cooperativas de crédito e funciona como uma alternativa ao Certificado de Depósito Bancário (CDB). Entre os motivos para o crescimento expressivo em 2024 estão o cenário econômico mais favorável para investimentos de baixo risco, combinando segurança com rentabilidade, e o próprio aumento no número de pessoas que abriram conta em uma cooperativa em Sergipe.
Segundo Erli Bandeira, Consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, o que esse público procura é a rentabilidade do RDC, que ocorre diariamente e está atrelada ao indexador CDI (Certificado de Depósito Interbancário), garantindo rendimento superior ao da poupança. Outra vantagem destacada pelo especialista é que a tributação para esse título incide apenas sobre o valor do rendimento.
“Os retornos são atrativos em comparação a outros produtos de renda fixa, o que torna o RDC uma opção competitiva para investidores mais conservadores. Ao aplicar em um produto exclusivo de uma instituição cooperativa, o associado não apenas potencializa seus ganhos, mas também fortalece a economia local”, afirma ele. E não são apenas os números do RDC que vem percebendo esse movimento crescente.
O LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), título de renda fixa que pode ser emitido por qualquer instituição financeira, também teve um forte aumento nas cooperativas de crédito. Segundo o mesmo balanço do Sicredi em Sergipe, em apenas oito meses, os papéis de LCA já superam em 59,3% todo o volume financeiro nos 12 meses do ano passado, alcançando um montante de R$ 33,7 milhões.
Esses títulos têm como um de seus atrativos o fato de que os rendimentos para pessoas físicas são isentos de Imposto de Renda e IOF. É um tipo de investimento simples e de baixo risco que oferece taxas atrativas para associados que buscam diversificar o patrimônio e impulsionar a possibilidade de retorno. Quanto maior o prazo e o valor da aplicação, maior o percentual do CDI pago aos investidores.
“O crescimento reflete não só o aumento da atratividade do produto, mas também o fortalecimento das cooperativas no mercado financeiro. Além do retorno ganho com os investimentos, os cooperados participam da distribuição dos resultados financeiros da cooperativa, o que gera ainda mais benefícios diretos”, complementa Erli Bandeira.
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