Trabalhadores de sete centros de distribuição da Amazon nos Estados Unidos entraram em greve na manhã desta quinta-feira (19), de acordo com o sindicato Teamsters, que representa a categoria. A paralisação envolve milhares de funcionários de empresas terceirizadas que fazem a entrega de pacotes para a gigante do comércio eletrônico.
A greve, motivada por melhores condições de trabalho, é parte de um movimento crescente de trabalhadores que reivindicam a negociação direta com a Amazon. Embora a empresa afirme que os motoristas não são seus empregados diretos, o sindicato e os trabalhadores argumentam que a Amazon controla as condições de trabalho, o que, na visão deles, a torna responsável por negociar.
Centros de distribuição seguem operando, diz Amazon
Apesar da greve, a Amazon declarou ao jornal The New York Times que esperava que os sete centros de distribuição afetados mantivessem suas operações normalmente. A companhia destacou que os trabalhadores em greve não são contratados diretamente por ela, mas por empresas terceirizadas, o que, segundo a empresa, a isenta de qualquer obrigação legal de negociar com os grevistas.
Essa declaração foi contestada pelo Teamsters, que acusa a Amazon de influenciar diretamente as condições de trabalho, incluindo horários, remunerações e políticas de segurança, tornando-a responsável por qualquer negociação trabalhista.
Decisão do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas
O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos Estados Unidos (NLRB) já investigou casos relacionados à Amazon e emitiu uma queixa contra a empresa, considerando que os motoristas são, de fato, seus empregados. De acordo com o NLRB, a Amazon violou a legislação trabalhista ao se recusar a negociar com os trabalhadores. A decisão do conselho pode abrir precedentes para ações futuras e pressionar a empresa a rever sua posição sobre as relações com seus prestadores de serviço.
Contexto da greve e impactos
A paralisação ocorre em um momento crucial para a Amazon, que, ao final de 2024, encara um aumento significativo no volume de encomendas devido às festas de fim de ano. Se a greve se intensificar, poderá causar atrasos nas entregas e afetar a reputação da empresa em um de seus períodos mais movimentados.
Para mais informações sobre a ação trabalhista e o impacto da greve nos centros de distribuição, acesse o site oficial do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas.
Trabalhadores de sete centros de distribuição da Amazon nos EUA entram em greve nesta quinta-feira (19), exigindo melhores condições de trabalho. Amazon nega responsabilidade.
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