Segunda parcela do 13º salário: Como usar esse dinheiro extra para sair do vermelho e planejar 2025

Com a chegada da segunda parcela do 13º salário, muitos brasileiros aguardam ansiosamente o pagamento, que deve ser realizado até esta sexta-feira, 20 de dezembro. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), essa gratificação natalina tem o potencial de injetar cerca de R$ 321,4 bilhões na economia brasileira, o que representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Embora muitos aproveitem o 13º salário para comprar presentes e aproveitar as liquidações de fim de ano, a maioria dos trabalhadores opta por usar o valor para quitar dívidas e começar o ano com as finanças mais organizadas.

Dicas de especialistas Como usar o 13º salário

Francis Silva, economista e CFO da Mycon, destaca a importância de conhecer detalhadamente as próprias finanças antes de tomar qualquer decisão. “É fundamental elencar todas as receitas e despesas, tanto fixas quanto variáveis, para saber exatamente o custo de vida. Isso facilita o equilíbrio das finanças e a tomada de decisões mais conscientes”, afirma Silva.

Já o advogado e especialista em direito bancário Luis Guilherme Lima acredita que o 13º salário deve ser usado estrategicamente. “A prioridade deve ser o pagamento de dívidas, principalmente aquelas com os juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial. Negociar descontos para pagamento à vista pode ser uma excelente oportunidade”, recomenda Lima.

Ele ainda sugere que, se o trabalhador não possui dívidas, o valor deve ser usado para reforçar a reserva de emergência ou para planejar despesas futuras, como IPTU, IPVA e material escolar.

Como maximizar o uso do 13º salário?

Johnny Mendes, professor de economia da Faculdade ESEG, do Grupo Etapa, elaborou uma lista com quatro prioridades para a utilização da segunda parcela do 13º salário:

  1. Quitar dívidas
    Com a Selic em 12,25% ao ano, os juros de atraso podem aumentar significativamente o endividamento. Mendes aconselha que o foco inicial deve ser quitar essas dívidas para evitar sobrecargas financeiras futuras.
  2. Aproveitar descontos de fim de ano
    Caso as compras de fim de ano sejam inevitáveis, é importante buscar descontos significativos e priorizar o pagamento à vista. Isso pode gerar economias importantes.
  3. Reservar para emergências
    É sempre recomendado destinar parte do dinheiro para uma reserva de emergência. Essa prática garante mais segurança financeira em casos de imprevistos.
  4. Planejar para a aposentadoria
    Pensar no futuro também é essencial. Guardar parte desse dinheiro para a aposentadoria pode garantir mais tranquilidade nos anos seguintes.

Planejamento financeiro para 2025

Ao organizar um planejamento financeiro, é possível aproveitar o 13º salário sem cair em armadilhas de consumo desnecessário. O foco deve ser em consumo consciente e em investimentos que tragam benefícios a longo prazo. Dessa forma, o trabalhador pode iniciar 2025 com as finanças equilibradas e a mente tranquila.

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