Nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou que a autarquia realizou dois leilões de câmbio no mesmo dia, em resposta a uma demanda maior do que o previsto. O primeiro leilão ocorreu na manhã desta quinta-feira, com a venda de 3 bilhões de dólares à vista, enquanto o segundo, uma hora depois, envolveu a venda de 5 bilhões de dólares à vista no mercado.
Em entrevista coletiva realizada em Brasília, Campos Neto ressaltou que os leilões foram uma resposta às condições do mercado, que demandaram uma intervenção maior do que o inicialmente esperado. “Tivemos uma demanda significativamente maior no primeiro leilão, o que nos levou a realizar uma nova oferta”, explicou o presidente do Banco Central.
Sem defesa de patamar para o dólar
Campos Neto deixou claro que o Banco Central não tem como objetivo defender um patamar específico para o câmbio, reforçando que a intervenção visa apenas atender às necessidades pontuais do mercado. “Nosso foco não é controlar o preço do dólar, mas sim garantir que o mercado tenha liquidez suficiente para operar de forma ordenada”, afirmou o presidente.
Essa ação do Banco Central ocorreu em um momento de volatilidade no mercado cambial, impulsionado pela alta do dólar em relação ao real, o que tem gerado apreensão nos setores econômicos brasileiros que dependem da moeda estrangeira, como as empresas importadoras e aquelas com dívidas em dólar.
Contexto econômico e impacto no mercado
A venda de dólares pelo Banco Central busca aliviar as pressões sobre o mercado cambial, que tem enfrentado aumento na demanda pela moeda americana devido a fatores externos e internos. Entre eles, estão as incertezas globais sobre as políticas monetárias das grandes economias e as variações na política fiscal brasileira, que afetam diretamente a confiança dos investidores.
Com a realização dos dois leilões de câmbio, a autoridade monetária brasileira buscou acalmar os ânimos do mercado e trazer mais estabilidade à cotação do dólar. Essas medidas têm impacto direto não apenas sobre o valor da moeda estrangeira, mas também sobre a inflação, já que uma alta no dólar encarece os produtos importados e pressiona os preços internos.
O Banco Central reforçou seu compromisso com a liquidez do mercado, garantindo que continuará monitorando de perto o comportamento do câmbio e intervirá sempre que necessário para evitar movimentos desordenados.
Para mais informações sobre a atuação do Banco Central e a política cambial brasileira, acesse o site oficial do Banco Central.
Banco Central realiza dois leilões de câmbio nesta quinta-feira para atender demanda maior que o esperado, com venda de 8 bilhões de dólares à vista. Roberto Campos Neto afirma que a autarquia não busca defender um patamar específico para o dólar.
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