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Inflação no Brasil: IPCA sobe 0,26% em setembro

Inflação no Brasil: IPCA sobe 0,26% em setembro

lta de preços é puxada pelo aumento da gasolina, impactando o IPCA de setembro.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de setembro surpreendeu ao registrar um aumento de 0,26% em relação ao mês anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa variação veio abaixo das expectativas do mercado, que estimava um aumento de cerca de 0,33% para o período, conforme a mediana das estimativas da Bloomberg.

Comparado a setembro do ano anterior, quando a variação havia sido de -0,29%, o cenário econômico mostra uma recuperação dos preços. No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,50%, enquanto nos últimos 12 meses, a taxa alcançou 5,19%, superando os 4,61% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

A meta de inflação para o ano de 2023 é de 3,25%, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Isso significa que, para estar dentro da meta, o IPCA pode variar entre 1,75% e 4,75%.

Inflação por grupos

O aumento do IPCA em setembro foi impulsionado principalmente pelo aumento nos preços da gasolina, que teve um impacto significativo no índice, contribuindo com 0,14 ponto percentual.

André Almeida, gerente do IPCA, explica: “A gasolina é o subitem que possui maior peso no IPCA. Com essa alta, acaba contribuindo de maneira importante para o resultado do mês de setembro.”

Dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, o grupo de Transportes teve o maior impacto positivo, com uma variação de 1,40% e contribuição de 0,29 ponto percentual. Destaca-se também a recuperação no setor de passagens aéreas, com uma variação de 13,47%, após uma queda de 11,69% em agosto.

O grupo de combustíveis, que inclui a gasolina, registrou um aumento de 2,70%, com altas nos preços do óleo diesel (10,11%) e do gás veicular (0,66%) e uma queda nos preços do etanol (-0,62%). Além disso, o aumento de 0,42% nos preços de ônibus intermunicipais é influenciado pelo reajuste de 12,90% aplicado em Salvador, a partir de 10 de agosto.

Outro grupo que teve um impacto significativo nas altas foi o de Habitação, com um crescimento de 0,47% nos preços de setembro em relação a agosto. Com a maior contribuição do grupo (0,04 ponto percentual), a energia elétrica residencial teve um aumento de 0,99%, influenciada pelos reajustes tarifários aplicados em três áreas de abrangência da pesquisa.

Quedas e deflações

Por outro lado, o índice de setembro sofreu influência do grupo de Alimentação e Bebidas, que teve deflação pelo quarto mês consecutivo, mantendo uma trajetória de queda nos preços dos alimentos principalmente para consumo no domicílio. A deflação desse grupo foi de 0,71%, contribuindo com -0,15 ponto percentual para a taxa do mês. Os preços da alimentação no domicílio recuaram 1,02%, com quedas destacadas em itens como batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). No entanto, o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%) apresentaram aumento de preços.

A alimentação fora do domicílio teve um aumento de 0,12%, uma desaceleração em relação ao resultado de agosto, quando a alta foi de 0,22%. Nesse grupo, destacam-se as altas em refeição (0,13%) e lanche (0,09%), ambas menos intensas do que as observadas no mês anterior.

Inflação por região

Na análise por região, a única queda registrada foi em Goiânia (-0,11%), influenciada pela deflação da energia elétrica residencial (-2,97%). A maior variação foi observada em São Luís (0,50%), pressionada pelos aumentos dos preços da energia elétrica residencial (10,74%) e do arroz (4,09%).

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