30,2% dos Brasileiros com dívidas atrasadas, revela pesquisa da CNC

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou os resultados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) referentes a setembro, revelando um cenário preocupante no que diz respeito à inadimplência.

Segundo o relatório, a proporção de famílias endividadas no país permaneceu inalterada em 77,4% em setembro, mantendo-se no mesmo patamar de agosto. No entanto, a fatia de inadimplentes cresceu significativamente, atingindo 30,2%, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior, marcando o nível mais alto em 10 meses.

A CNC observa que, embora o endividamento das famílias demonstre uma tendência de queda, os indicadores de inadimplência estão acelerando. Notavelmente, o volume de consumidores com dívidas atrasadas atingiu 30,2%, o maior percentual desde novembro de 2022. Isso significa que três em cada dez pessoas endividadas têm algum compromisso financeiro em atraso.

Além disso, o relatório destaca que o número de pessoas que afirmaram não ter condições de pagar dívidas de meses anteriores alcançou o seu nível mais alto na série histórica, atingindo 13% do total de consumidores no país.

A pesquisa da CNC considera como dívidas os compromissos financeiros nas modalidades de cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

Um dado particularmente preocupante é a proporção de consumidores com dívidas atrasadas há mais de 90 dias, que atingiu 47,8% do total de inadimplentes, o maior percentual desde o início da pandemia em março de 2020.

Além disso, o comprometimento da renda das famílias com dívidas cresceu nos últimos três meses, atingindo uma média de 30,1% do rendimento familiar. Esse é o maior percentual desde janeiro deste ano, destacando a crescente pressão financeira enfrentada pelos brasileiros.

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