O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou que, até o momento, não há evidências de que o conflito em andamento entre Israel e o grupo Hamas tenha causado impacto significativo no preço dos combustíveis no Brasil. No entanto, ele alertou que uma possível expansão desse conflito poderia criar uma “tempestade perfeita” no mercado de petróleo e gás. Nesta matéria, examinaremos as declarações de Prates e os possíveis desdobramentos desse cenário para o mercado energético global.
Impacto Inicial e Estabilização:
Prates reconheceu que o conflito em Israel já teve um impacto inicial no preço do petróleo, mas ressaltou que houve uma estabilização após alguns dias. A cotação atual do petróleo, especificamente o tipo Brent, está em torno de US$ 91 por barril. Embora seja uma cifra elevada, Prates destacou que esse valor não está diretamente relacionado ao conflito Israel-Hamas, mas sim a fatores estruturais que já influenciavam os preços do petróleo.
Perspectivas para Outros Países Produtores:
O presidente da Petrobras também informou que, até o momento, não há indicações de que o conflito se espalhará para países produtores de petróleo, como Irã e Egito. Ele enfatizou que, apesar das preocupações humanitárias associadas ao conflito, do ponto de vista do mercado de petróleo e gás, não há previsão de que se alastre para esses países. Prates destacou que tem mantido diálogos com representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e que a intenção é buscar uma solução pacífica para o conflito e evitar que ele se dissemine pelo restante do Oriente Médio.
Reunião com o Presidente Lula:
Adicionalmente, o presidente da estatal revelou que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a situação. No entanto, devido à recuperação do presidente após cirurgias, a agenda de Lula está mais restrita, e a data da reunião ainda não foi confirmada.
Opep e Transição Energética:
As declarações de Jean Paul Prates ocorreram após uma reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o secretário-geral da Opep, Haitham al-Ghais, que está visitando o Brasil. Prates destacou que a Opep está em uma “missão” de renovação, buscando uma visão mais comprometida com a transição energética. Ele ressaltou a importância do Brasil, que possui recursos naturais abundantes e está passando por uma transição energética, e afirmou que as relações entre a Petrobras e a organização têm se estreitado.
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